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A tecnologia avança dia a dia, até pouco tempo só se falava como o estado da arte, as baterias de Lítio Íon. Essas baterias têm diversas aplicações, como: equipamentos eletrônicos portáteis, UPSs, ferramentas, sistemas de armazenamento de energia e carros elétricos.

As baterias Lítio Íon apresentam vidas máximas estimadas inferiores a 10, a depender das condições de uso, principalmente temperatura, e dos ciclos de carga e descarga.

Recentemente foram noticiados dois desenvolvimentos de Baterias Nucleares ou Atômicas, um deles para uso comercial imediato em dispositivos eletrônicos, e os pesquisadores preveem que as baterias durem entre 50 e 200 anos!

Esse tipo de bateria já são usadas desde o século XX, mas em aplicações muito específicas, como em missões espaciais, equipamentos militares, dispositivos médicos, entre outras.

A empresa chinesa Betavolt Technology, criou uma bateria que funciona com energia atômica, com base no decaimento natural de um isótopo radioativo. O material utilizado é o Níquel-63, que se decompõe em um isótopo estável, chegando à meia-vida em aproximadamente um século. Em breve deverá estar no mercado fornecendo energia para drones, laptops, celulares, sensores industriais e equipamentos médicos, por exemplo.

Conforme o projeto dessa empresa, a bateria é segura a saúde humana, tem baixo peso e volume, fornece 100 microwatts de potência e tensão elétrica de 3V, além de vida esperada de 50 anos.

Fonte: Betavolt

Por outro lado, um desenvolvimento nacional feito pelo IPEN-CNEN do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares que usa um isótopo em decomposição de Amerício (Amerício-241), se propõe a fornecer energia por mais de 200 anos sem precisar de nenhuma recarga.

O projeto brasileiro se baseia numa bateria termonuclear ou num gerador termoelétrico radioisotópico (RTG – Radioisotope thermoelectric generator), onde a produção de energia elétrica ocorre por meio de um dispositivo baseado no efeito Seebeck, que gera corrente elétrica a partir de uma diferença de temperatura.   Apesar do protótipo nacional fornecer uma tensão muito baixa, cerca de 20 milivolts, que resulta da diferença de temperatura nas pastilhas termoelétricas entre a fonte de Amerício (lado quente) e a parte  externa (lado frio), a expectativa é que em breve se tenha baterias com potência da ordem de 100 mW.

Fonte: PEN/CNEN

Quanto a segurança do uso de Baterias Nucleares, vale lembrar que na década de 70, já eram usadas em marca-passos, baterias de Plutônio-238 e Promécio-147, sendo substituídas por baterias de Lítio posteriormente.

Os especialistas também ressaltam, que baterias nucleares de uso comercial, terão invólucros que forneçam blindagem eficiente e selagem adequada para a fonte radioativa.

Contudo, resta uma questão muito importante que é a gestão do descarte correto e seguro das baterias, pois trata-se de material radioativo, que pode causar sérios danos ao ser humano e a natureza. Ainda deve ser bem estuda esse problema!!!