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Após 5 anos do acidente catastrófico da Usina Nuclear de Chernobyl em 1986, pesquisadores descobriram no local, a existem alguns fungos que sobrevivem a radiação, os Cryptococcus neoformans.

Esses microrganismos são radiotróficos, ou seja, tem a capacidade de absorver os raios nucleares num processo chamado de radiossíntese, transformando a radiação em energia química, que é semelhante ao que as plantas fazem ao absorver o CO2 durante a fotossíntese.

Então pesquisadores da NASA resolveram cultivar esses fungos na Estação Espacial Internacional (ISS), para avaliar o comportamento deles na radiação liberada pelo espaço cósmico e sem a presença do campo magnético da Terra.

Os resultados foram animadores, segundo publicação na revista científica Nature, uma das mais conceituadas do mundo. Foi encontrado grande quantidade de melanina no interior dos fungos, substância que responsável pela absorção da radiação. Além disso, os fungos de Chernobyl podem ​​decompor material radioativo, encontrados como restos de reatores de usinas nucleares.

Dr. Kasthuri Venkateswaran, responsável pela coordenação do projeto da NASA, avalia uma aplicação para proteger os astronautas da radiação do espaço, principalmente em viagens longas, através da mistura desses fungos nos trajes espaciais.

As pesquisas realizadas na ISS, constataram que uma fina camada de 2 mm de espessura com fungos já foi capaz de absorver 2% dos raios cósmicos que a alcançaram. Então, estima-se que apenas uma camada de 21 mm de espessura seja suficiente para proteger os astronautas em viagens para Marte ou em construção de bases na Lua, como estão previstas para 2033 e 2024 respectivamente. 

Outro ponto importante segundo outro pesquisador, Nils Averesch, é que os fungos se autorreplicam e se reparam sozinhos, então mesmo após uma intensa tempestade solar que danifique a proteção feita de fungo, por exemplo, a colônia voltaria a crescerá em poucos dias.

A lição que tiramos é que até mesmo das grandes tragédias da humanidade, assim como foram nas guerras, podemos tirar coisas positivas para a vida, então fica a questão: o que poderemos tirar de positivo dessa pandemia da Covid-19?